domingo, 3 de outubro de 2010

Muito mais




Muito mais

São tantas coisas...
Tantas palavras
Que o silêncio cala.
Pra mim só restou um poema de nada
Assim..., bem assim, sem dialogar...
Falo com meus botões...
Mas ..., se nem estou,
com blusa de botões..., com quem falo?
Nem zíper vale.
Este travesseiro perdeu a fofura...
E nem disse tudo que sentia
e se foi a delicadeza de uma nuvem...
Agora que o vento se foi...
Tenho saudade do que nem disse...
Sei que devo calar-me,
porque lá fora é muito frio.
Por dentro e por fora é frio...
Quem sabe o verão traz,
novamente o vento...
Só pra ver as folhas secas,
dançarem pra mim, na calçada
calada, por nada ...
Mais nada, mais nada...
Além da janela fechada...


By Soraya LUZMacedo

Boa semana amado

Um comentário:

  1. Amiga, não lamente
    por nada
    ainda que você fale com o silêncio
    sempre resta o poema da vida.

    Você fala na delicadeza da nuvem
    pena que o seu verso hoje esteja triste,
    mas apesar de triste é delicado
    como, eu pressuponho, delicado deve
    ser o seu coração e a sua alma.
    Um grande beijo.

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