sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010



Caos

É tão frio o vento, na noite.
O vento que toca, no corpo,
tão frio, que a alma sente.
Coisas tão ausentes de mim,
neste deserto além.
Posso sentir o tudo,
Mas agora, eu queria calor.
Me dá um cobertor, de veludo preto?
Com estrelas e uma lua dourada?
Se morre dormindo, congelada
num sonho, de sonhos quentinhos.
Ande devagarinho, no caos...
Nem viage tão longe, do perto.
O regresso é frio, medonho...
Pode me dar um rio, quentinho?
Para aquecer devagarinho,
Minha alma de aragem gelada;
Que se foi de mim, na viagem
Me deixando, aqui no frio,
Só porque a vida..., é uma passagem.
Podes me dar uma estrela?
Meu coraçaõ se foi também,
Mas se me deres um estrela,
posso me aquecer nela;
Colocado-a, na minha janela.
Mesmo sem o coração que se foi...
Me aquecerei com a luz dela.
É tão frio, este vento sul...
Pode me dar tua mão?
Não consigo voltar de mim.
Pode me dar um sonho?
Preciso esquecer o frio,
me deram em troca de luz...


By Soraya LUZ Macedo

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